O assassino cego deu à escritora Margaret Atwood o prêmio Booker Prizer 2000 e seu reconhecimento como primeira-dama das Letras. Ao narrar um romance dentro de outro romance, ela recria o Canadá dos anos 30 e 40, mistura segredos de família, ficção científica, interesses políticos, justiça social, mortes, reportagens de jornais e amores impossíveis.
Íris Chase Griffen é uma octogenária canadense pobre e de saúde debilitada que relata os principais acontecimentos que fizeram a história de quatro gerações dos Chase: da ascensão social, conquistada com a fábrica de botão fundada pelo avô Benjamin em 1870, até o seu casamento por interesse em 1935, com o rico industrial Richard Griffen. Iniciativa de seu pai para salvar a família da miséria, após a falência dos negócios, mas que comprometeu sua felicidade para sempre. Íris divaga a respeito desses eventos, fazendo uma retrospectiva de vida, e dos momentos que sucederam ao suicídio da irmã, a excêntrica Laura.
Quando o pai morreu, Laura viveu com Íris e o marido em Toronto até ser internada numa clínica psiquiátrica. Fugiu e só reapareceu depois do final da Segunda Guerra Mundial, na esperança de reencontrar seu grande amor, o escritor de revistas de ficção científica Alex Thomas. Com 25 anos, no entanto, suicidou-se, mas antes deixou para Íris sua coleção de cadernos infantis, algumas anotações, onde revelava a verdadeira causa da sua internação, e um romance.
Íris registrou os fatos, anotou as coisas que lembrava, as que imaginava e editou O assassino cego, primeiro e único romance póstumo de Laura Chase, que a tornou uma famosa autora, vingou a família da sucessão de tragédias e revelou aos leitores seu maior segredo de amor. Íris admite, inclusive, que viveu na sombra projetada por Laura, após o sucesso do livro.
Sexualmente explícito para o seu tempo, O assassino cego descreve um arriscado amor entre uma jovem rica e um fugitivo, nos turbulentos anos 30. Durante seus encontros secretos em quartos de aluguel, os amantes criam uma trama folhetinesca ambientada no planeta Zicron. Enquanto o leitor acompanha a narrativa inventada por um verdadeiro labirinto de sacrifícios e traições, a história real se desenrola. Ambas parecem perigosamente próximas e projetam-se na direção da guerra e da catástrofe.
Simultaneamente dramático, sedutor e engraçado, O assassino cego é marcado pelo microscópico poder de observação de Atwood, precisa e sensível em sua crítica social. A um tempo natural e sofisticadamente elaborada, a prosa de Atwood é capaz de transformar detalhes em impressionantes metáforas, repletas de humor vigoroso e requintado.
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O assassino cego deu à escritora Margaret Atwood o prêmio Booker Prizer 2000 e seu reconhecimento como primeira-dama das Letras. Ao narrar um romance dentro de outro romance, ela recria o Canadá dos anos 30 e 40, mistura segredos de família, ficção científica, interesses políticos, justiça social, mortes, reportagens de jornais e amores impossíveis.
Íris Chase Griffen é uma octogenária canadense pobre e de saúde debilitada que relata os principais acontecimentos que fizeram a história de quatro gerações dos Chase: da ascensão social, conquistada com a fábrica de botão fundada pelo avô Benjamin em 1870, até o seu casamento por interesse em 1935, com o rico industrial Richard Griffen. Iniciativa de seu pai para salvar a família da miséria, após a falência dos negócios, mas que comprometeu sua felicidade para sempre. Íris divaga a respeito desses eventos, fazendo uma retrospectiva de vida, e dos momentos que sucederam ao suicídio da irmã, a excêntrica Laura.
Quando o pai morreu, Laura viveu com Íris e o marido em Toronto até ser internada numa clínica psiquiátrica. Fugiu e só reapareceu depois do final da Segunda Guerra Mundial, na esperança de reencontrar seu grande amor, o escritor de revistas de ficção científica Alex Thomas. Com 25 anos, no entanto, suicidou-se, mas antes deixou para Íris sua coleção de cadernos infantis, algumas anotações, onde revelava a verdadeira causa da sua internação, e um romance.
Íris registrou os fatos, anotou as coisas que lembrava, as que imaginava e editou O assassino cego, primeiro e único romance póstumo de Laura Chase, que a tornou uma famosa autora, vingou a família da sucessão de tragédias e revelou aos leitores seu maior segredo de amor. Íris admite, inclusive, que viveu na sombra projetada por Laura, após o sucesso do livro.
Sexualmente explícito para o seu tempo, O assassino cego descreve um arriscado amor entre uma jovem rica e um fugitivo, nos turbulentos anos 30. Durante seus encontros secretos em quartos de aluguel, os amantes criam uma trama folhetinesca ambientada no planeta Zicron. Enquanto o leitor acompanha a narrativa inventada por um verdadeiro labirinto de sacrifícios e traições, a história real se desenrola. Ambas parecem perigosamente próximas e projetam-se na direção da guerra e da catástrofe.
Simultaneamente dramático, sedutor e engraçado, O assassino cego é marcado pelo microscópico poder de observação de Atwood, precisa e sensível em sua crítica social. A um tempo natural e sofisticadamente elaborada, a prosa de Atwood é capaz de transformar detalhes em impressionantes metáforas, repletas de humor vigoroso e requintado.